Estou cansada, cansada, cansada, cansada, cansada. E queria demasiado ver isto tudo dar frutos. Sinto que estou a nadar contra uma maré e que não saio do sítio. Preciso de chegar à costa. Preciso mesmo de encontrar essa felicidade não fingida dentro de mim.
Eu sinto
que finjo tanto tempo não me importar com quem eu sou, que às vezes, só às
vezes, a máscara caí e tudo é imperfeito. Sei que tenho muito para ser feliz.
Mas a minha realidade, a realidade interior e não a que deixo que vejam, é que
estou constantemente em tristeza e comparação.
Eu sempre
quis mais. Talvez por sempre ter tido tudo o que pedia aos meus pais. Talvez porque
sempre quis ser outra versão de mim, porque com esta nunca me senti satisfeita.
Mas eu sempre quis mais.
E apesar de
agora saber, que sei, que tenho muito, continuo à procura do resto que não
tenho. E esse resto que não existe, deixa-me vazia.
Vazia por
coisas tão simples como não ter um candeeiro. Vazia com coisas tão complexas
como realmente odiar quem sou.
Ah vida dura.
Vazia.